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19.10.25

não tinha planos de gastar meus pensamentos e dinheirinhos com a manutenção do meu notebook por agora — pra que não sabe ele resolveu não ligar mais do mais absoluto nada —, visto que há uma infinidade de gastos teoricamente mais urgentes na frente disso, porém como cabeça cheia oficina do ~e se eu fizer mais uma graduação? tenho planos para começo do ano que vem e preciso dele funcionando. 

agora enquanto aguardo um parecer do problema só espero que não custe rins saudáveis e seja algo simples de resolver. caso contrário terei que aceitar, muito white people problems, que precisarei aguentar aprender duas coisas novas simultaneamente (a usar o mac do cunhado enquanto aprendo coisas novas da tal da graduação). 

***

acho que nossos dias nunca foram tão sequencialmente agitados como tem sido ultimamente. 

como temos planos de nos mudarmos ainda esse ano — o que parece um feito quase impossível considerando a quantidade de coisas para resolver e organização na agenda de fornecedores demais num espaço de tempo tão curto (móveis, pedra, cortinas, ...) — cada hora livre tentamos resolver alguma coisa. 

antecipou faxina? toni corre pós expediente pra ir no mercado comprar as parafernálias necessárias, busca a sara na creche, passa na casa nova pra deixar as coisas e na volta me pega no trabalho enquanto equilibro outros pratinhos fazendo hora extra. isso depois de passar o dia tentando definir coisas e falando com fornecedores enquanto trabalhamos. um vida inteira no dia, quase todo dia. 

cabeça pedindo socorro fumegando mas né, cada dia mais perto da tão esperada mudança. não dá pra reclamar do caos, as coisas estão se encaminhando. 

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comecei a ler alchemised dia desses. o ritmo tem sido lento por conta da correria e por ser livro físico (meu ritmo acaba sendo outro com o kindle). esse sábado é que me permitir ler por horas a fio e, caramba, me sinto no caminho do completo desgraçamento mental. 

já foram 370 páginas, o que não é nem metade desse calhamaço ainda, e já gastei uma cota de lágrimas. é um livro intenso. desolador. estou amando. 

alchemised é uma dark fantasy inspirada em uma fanfic de harry potter, entre hermione e draco. na outra rede é apresentada como um livro que narra a história sombria de uma mulher sem memórias tentando sobreviver em um mundo dominado por necromancia e seres malignos. é um livro com classificação +18 e não é por causa dos hot (se é que tem). 

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fui para o quarto ler. não passou muito tempo toni veio se esticar na cama. sara se viu sozinha na sala por mais de 1min e veio averiguar a situação. viu que meu espaço pessoal foi invadido (que na cabeça da sara é dela e não meu) e se enfiou no meio. viramos esse bololo de braços depois de mais um sábado agitado para nossos padrões. 

nunca se fica sozinho por muito tempo nessa casa. 

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algoritmo do meu instagram não perdeu tempo e agora toda vez que acesso sou bombardeada por stories patrocinados de tudo que é coisa para casa (porta pão, porta papel higiênico, porta alvejante, porta qualquer coisa). o que em parte tem sido genial — já me apareceu uma infinidade de lojas para escolher um sofá — mas também tem me irritado porque as vezes eu abro só para ver o que os webamigos tem feito e desisto com a enxurrada de propagandas. 

 🌿

esse é só mais um compilado aleatório de pequenos grandes acontecimentos e vozes da minha cabeça nesse querido espaço-tempo. relembrando a energia dos meus diários físicos de adolescente mas sem me dar o trabalho de colocar o cadeado.

11.10.25

 ... e entramos numa nova etapa muito doida da nossa doida vida. 

Eu achava que a minha vida era corrida até adicionar novas urgências nela sem nem aliviar as anteriores. Pegamos as chaves da casa nova. 

A verdade é que a ficha nem caiu, não de verdade. Estamos anestesiados imersos em várias pequenas e grandes tarefas que vão definir se nos mudaremos ainda esse ano, o que é o nosso plano. 

É muito doido como é muito mais fácil pesquisar decoração do nosso lar quando aplicar as escolhas parece algo distante demais. Diferente de, pelo menos tem sido assim por aqui, quando há uma urgência nos prazos, nas escolhas. Diferente quando as escolhas são meio definitivas (oi móveis planejados), quando as escolhas envolvem muitos dinheirinhos que você não está habituada a sacrificar. 

A tal da vida adulta aparentemente. 

Tem sido cansativo e ainda assim gratificante. Até as horas extras trabalhadas tem valido os boletos que ainda precisarão ser pagos. Chooooices

Sábado passado fizemos a primeira visita vendo a casa como realmente nossa — apesar de todo o papo sobre a ficha ainda não ter caído — para agilizarmos a etapa das medidas e projeto dos móveis. A casinha nua em pelo, como podem ver. 

Tivemos que solicitar reforços (oi mãe, oi mana) para conseguirmos dar atenção ao marceneiro. Só essa brincadeirinha durou a manhã inteira com a casa o puro suco da poeira e tenho certeza que só deu certo porque mãe veio equipada para entreter a neta (cadeiras, mesinha, livro de colorir e petiscos). 

Meus pés e lombar quase foram com os deuses. 

E você não leu errado. Uma manhã inteira para apenas medir e imaginar o que precisamos para um ou outro cômodo. Longe de estarmos definindo os móveis da casa inteira de uma vez só. Até porque vamos ser bem realistas, falta tempo e veja bem, faltam muitos dinheiros para essa outra parte da brincadeira. 

A ideia é resolver cozinha e banheiros para nos mudarmos ainda esse ano, assim espero. Vamos levar poucos móveis do cafofo e ainda assim teremos um bocado de tralha para encaixotar. O quarto promovido a escritório provavelmente terá todo um longo estágio sendo quarto da bagunça até conseguirmos resolver outras partes da casa e móveis. 

Além do dinheiro, obviamente, muita coisa vai ficar para depois porque não temos definido como queremos esses espaços. Temos algumas ideias para sala e escritório, por exemplo, mas são só isso mesmo, ideias. 

Afinal, queremos que a casa tenha a nossa cara. 

A outra rede é um espaço muito bacana para caçar referências. A questão é achar os pedacinhos da gente em cada referência que achamos interessante. O que é bonito e aestheric — ler em tom de deboche (e aqui me permito debochar do que também acho bonito fodasi) — não necessariamente é prático ou faz sentido para a nossa dinâmica familiar. 

Quer um exemplo? Acho lindo aqueles espelhos diferentões que ficam encostados na parede, meio inclinados. A realidade é que imagino fácil furacão Sarinha esbarrando nele enquanto brinca. 

Vou sacrificar a tranquilidade e segurança por um canto fotografável? No, thanks. Minhas vontades de registrar a roupinha caótica do dia que lute porque não sei ainda nem aonde vamos enfiar um espelho de corpo inteiro. 

No momento estou mais preocupada com o tamanho da cuba que precisa dar espaço para a torneira que não pode ser muito alta para não bater no móvel e isso sem nem decidir qual diabos será a cor desse móvel entre outras coisas. 

Seu olho está tremendo? O meu está. 

Fecho esse post realmente abrindo a temporada de posts sobre a nossa rotina ainda mais caótica, temporada de casinha nova. Quero compartilhar aqui os momentos de euforia e os perrengues que forem surgindo. Para lá na frente eu poder reler isso jogada no sofá e lembrar que deu um trabalho danado mas valeu a pena. 

Domingo passado, pós visita a casinha, estava eu e Toni conversando sobre quantos possíveis rins seriam sacrificados nos móveis (ainda não chegamos na parte do orçamento de fato, nos desejem sorte) e na sequência fui ligar meu computador. Ele simplesmente não ligou mais. 

Então cá estou apanhando muito usando o computador que meu cunhado emprestou, um mac, sendo euzinha uma pessoa que passou a vida inteira usando windows. Achando muito chique mas me sentindo em situação de burra. Só os deuses sabem quanto tempo demorei pra escrever esse post e o tanto que estou apanhando com os atalhos e acentuações!!1!1!!!1 

O trabalhador sonhador não tem 01 dia de paz. 

💥

Vocês tem ideia do tamanho dos catálogos de opções da cor MADEIRA? Porque eu não tinha e estou enlouquecendo. Sem falar no tanto de eletrodoméstico que já tivemos que pesquisar MEDIDAS. E ainda precisamos falar com o cara do box, o cara da cortina, o cara da... VAMO QUE VAMO. 

5.10.25

Piscamos e mais um mês se foi. Mais três piscadas e o ano acaba, que loucura. 

Setembro veio com os dois pés, a correria CLT (infelizmente guerreira e não herdeira), o estresse burocrático que antecede a mudança (que só os deuses sabem quando vai acontecer), uma super virose ou vários rounds virais (não consegui descobrir). Cansada estou

Foto que a mana tirou mas confisquei :)

Para os meus padrões de registros, fiz o que pude e pude muito pouco. Quase não peguei o celular para fotografar e quando fiz foi para tentar não deixar o mês virar um grande borrão. 

Adoro a energia e carisma que ressurge depois de uma semana de home office com furacão sarinha doente em casa (ela achando que estava de férias). É como se eu precisasse resgatar uns centavos de dignidade depois de dias descabelada, de pijama, tentando dar conta de uma mini humana entediada e as demandas financeiras da minha função CLT... sobrevivendo um dia de cada vez. 

Porém marido do chefinho me conhece, sabe que o carisma da gata tem a fragilidade de uma bomba. Eu chego no escritório determinada a ter um bom dia e o poucos minutos depois já me ~endoidaro.  

E sei que foi um mês daqueles também porque minha experiência com as minhas leituras não foi das melhores. Tudo parecia se arrastar demais, como se eu estivesse presa numa grande ressaca literária. 

Mas como não se vive só de correria e perrengue adulto, também foi mês de celebrar os 60 anos da nossa rainha. 

Repasse genético cacheado me pulou, palhaçada!

Foi um mês puxado, além do que estamos acostumados por assim dizer, mas ainda assim não é só caos pelo caos sabe? 

Cabeça pipocando coisas e preocupações muito adultas e que, quando acontecem simultaneamente, nos deixam ainda mais cansados. Como conferir manutenções de obra (que nem deveriam ser necessárias para começo de conversa) enquanto se define qual o novo colégio da pequena devido a nossa mudança de endereço. Parece que vivemos uns três meses dentro de um só, coisa de doido. 

Ainda assim animados, ansiosos e monotemáticos. Essa finaleira de ano vai ser bem movimentada pelo tanto de coisas que precisamos resolver e definir. Provavelmente serei repetitiva nas pautas e choramingos desse blog, ajuda a aliviar a tensão da coisa toda enquanto a minha cabeça grita o que eu tô fazendo aqui eu só tenho seis anos?, completamente maluca. 

Ninguém avisou ou eu só não prestei atenção que a metáfora antes da calmaria vem a tempestade (ou algo assim) é real demais e a gente pode ficar muito feliz e também completamente maluco no processo. Deve ser bom ser rica e só colocar a bolsa no ombro de uma mudança para outra né? Sem precisar ler contrato, conferir manutenção, planejar coisas enquanto boletos se multiplicam. Deve ser bom. 

Vamo que vamo. 

30.9.25

Ou, uma segunda-feira em que sai de casa determinada a registrar o caminho em que uso para ir trabalhar mesmo me sentindo uma grande maluca fotografando tudo sem nem enxergar o que eu fotografava. 7h da manhã. 

Dessa vez nem coloquei meus fones (não queria me desligar demais e ser atropelada) e segui rumo ao trabalho com o App Dazz Cam aberto registrando o percurso sem nem saber ao certo o que estava enquadrando. Como podem ver, meu dedo dando oi

Me senti uma grande maluca fazendo isso mas não me apeguei muito no que pareceria aos olhos de quem visse de fora. Num cenário otimista (?) posso ter servido de entretenimento alheio pra quem tentou entender o que diabos eu estava fazendo em plena segunda-feira a passos rápidos.

Porque apesar de eu querer muito fazer isso dar certo (tipo esse post existir), os minutos eram contados e desaprendi a andar devagar já tem muito tempo.  

Mesmo na correria, sem muito planejamento, nem ao menos sabendo em que cor focar (o que era a ideia inicial do tema do mês), foi divertido dar espaço para olhar ao redor, o caminho... prestar atenção de fato no percurso que faço toda semana, tantos dias. 

Fiquei feliz por conseguir participar do tema mesmo que nos quarenta e cinco do segundo tempo (um dia antes do mês acabar) sem pensar demais e apenas colocar em prática. Essa experiência me fez pensar no tanto de coisa que a gente faz no automático e como é fácil simplesmente parar de olhar as coisas ao nosso redor. A vida vai passando num grande borrão de atribulações e a gente esquece das coisinhas bacanas que acontecem também.

Considerando que setembro foi um mês particularmente caótico por aqui, sem quase nenhum registro, me senti vitoriosa por finalizar dessa forma 🙂‍↕️

👀

Bônus de percepção que acabei não registrando: tem uma loja bem extensa que tem uns arbustos (?), mini árvores, sei lá, plantas em toda extensão de frente de loja, enfileiradas. Curiosamente, todas possuem a mesma queimadura no mesmo ponto e mesmo lado. Arrisco dizer que são queimaduras de xixi de cachorro. 

App: Dazz Cam; Filme / Câmera: D FunS

🌿

Esse post faz parte da seleção de temas do nosso grupo de blogagem coletiva Work Of Art, criado com o intuito de compartilhar nossas perspectivas sobre os mesmos assuntos. Se essa ideia também te anima e você quiser fazer parte, tenho uma página no blog explicando um pouco mais sobre o grupo

Tema #005: Caminhada colorida

27.9.25

na última edição comentei sobre a liberdade da gente se permitir gostar das coisas que quiser sem se preocupar com o que os outros acham. de poder caber em quantas caixinhas a gente quiser e abandonar essas mesmas caixinhas quando der vontade também.

li um post do th que reforça bem isso e que vale a leitura:

no fundo é isso, a gente precisa nos dar a devida desimportância e live your fucking life

***

resolvi tornar minha conta do instagram privada, acho que pela primeira vez desde que ela existe. por mais que eu seja tudo menos low profile nesse blog, o alcance dele graças aos deuses nem se compara com o alcance da outra rede. de alguma forma isso faz eu me sentir um pouco no controle de como o mundo chega nos registros de sarinha. tem coisa que é melhor a gente ser neurótica do que virar estatística pra desgraça. 

eu até poderia apenas arquivar a maioria das fotografias por lá e criar aquele esquema de melhores amigos que a plataforma tem mas sei lá, pareceu mais simples apenas fechar o perfil. 

a parte chata está sendo fazer uma limpa nos seguidores. muito perfil eu não tenho a menor ideia de como me achou, de quem são, e outras fico com receio de ser algum leitor aqui do blog que eu não identifiquei. ainda assim, o perfil realmente precisava de uma limpa e a quantidade de perfil spam que começou a me seguir estava me deixando irritada. 

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conversando com o toni sobre o aniversário da minha amiga que estava chegando mas que não teria festa nem comemoração, sara foi de cara de euforia pra choque em 1 segundo. quando expliquei pra ela que tia tay não gostava de fazer festa assim como o papai ela largou:

— ah, é pra poder ficar vendo filme? 

fico imaginando a cabecinha dela trabalhando em motivos pra alguém não querer festa de aniversário. ela claramente ainda sem entender o motivo do pai não ter comemorado o dele e ainda descobre que tem mais gente que não gosta. que absurdo 😂

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a criança aparentemente sempre atenta escutando as conversas da dinda sobre a força das palavras e desejos.

corta pra sara novamente febril (e muito feliz com isso) falando baixinho, olhinhos fechados, com as mãos em posição de oração:

— eu desejo e quero muito ficar doente pra não ir pra creche! 

socorro ???

disclaimer: ela ama a creche dela mas ama absurdamente mais ficar em casa de pijama (como podem ver e ninguém aqui ousaria julgar). 

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mudei o widget de blogroll para lista numa página. queria mesmo era colocar o widget dentro da página, para os links se ordenarem conforme o pessoal vai postando, mas não consegui destrinchar isso ainda. vamos por partes.  

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cai em um vídeo do tiktok falando sobre bolsos "falsos" em blazers que pasmem não são falsos (!!!1!!!). eu fiquei tão chocada com a informação, ainda mais depois de colocar em prática e descobrir que meu blazer e sobretudo que muuuuito xinguei por isso na realidade tem sim bolsos !!!1!1!!!!, que preciso compartilhar com vocês. 

e quando falo em choque me refiro a ficar tão chocada com a informação que, na hora que testei na primeira peça, passei a mão no telefone pra fazer vídeo chamada com minha mãe e irmã e quase matei as duas do coração porque não sou de fazer isso. as coitadas pensando em mil desgraças até a conexão se estabelecer e eu só queria mostrar que TENHO BOLSOS!!!!1!!1!1!

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resolvi testar um prompt que a @smellslikeliv compartilhou na outra rede e estou absolutamente passada com o resultado. testei pelo gemini porque o chatgpt se nega a manter os meus traços. 

ainda empolga com isso, vi outras pessoas testando mais algumas variações e resolvi testar novamente. brincando com o espaço-tempo. 

esse é só mais um compilado aleatório de pequenos grandes acontecimentos e vozes da minha cabeça nesse querido espaço-tempo. relembrando a energia dos meus diários físicos de adolescente mas sem me dar o trabalho de colocar o cadeado.

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